quinta-feira, 22 de abril de 2010
Manhattan
Manhattan (Manhattan)
Estados Unidos - 1979
Direção: Woody Allen
Manhattan é a definitiva declaração de amor de Woody Allen por Nova York (porém longe de ser a última). É neste filme que ele exalta a cidade de Manhattan como sua alegria diária, como um de seus maiores amores. E realiza essa declaração optando por usar o preto e branco e uma fotografia brilhante!
Logo no começo do filme, ele tenta de várias formas demonstrar tudo aquilo que sente pela cidade, usando como a frase inicial do livro que seu personagem, Isaac Davis, está escrevendo.
Isaac é a consolidação dos personagens neuróticos de Woody Allen. Ele é um judeu de 42 anos, tem uma namorada de 17, que não ama, uma ex-esposa lésbica que está escrevendo um livro falando do fracasso de seu casamento e se vê completamente apaixonado pela amante de seu melhor amigo. Sua namorada é Tracy (Mariel Hemingway), a ex-esposa é Jill (Meryl Streep) e a amante é Mary (Diane Keaton).
Manhattan é um filme cheio de afirmações: como já foi dito antes, da paixão por Nova York e da neurose de seus personagens. Mas afirmou-se também a enorme química existente entre ele e Diane Keaton, a parceria entre fotógrafos, roteiristas, produtores etc.
Há também uma característica que se tornou marca registrada dos filmes de Woody Allen: a referência a escritores, filósofos, músicos e cineastas. A partir de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, parece que não há quase nenhum filme que o diretor não faça referência à artistas que admira. Em Manhattan, por exemplo, ele cita Kafka, Ingmar Bergman, Groucho Marx, entre outros.
Carolina Klautau
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