segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bom Dia

A Ocidentalização do Japão Pós-II Guerra

Dois irmãos iniciam voto de silêncio após serem proibidos pelos pais de irem assistir TV na casa dos vizinhos.
Partindo de uma premissa relativamente simples, Yasujiro Ozu reimagina através de Bom Dia (Japão, 1959) sua obra Eu Nasci Mas... (Japão, 1932); porém, como de praxe em sua filmografia, a temática, a abordagem aparentemente simplória esconde em suas entrelinhas questionamentos certeiros sobre a família e a sociedade.
O diferencial deste longa-metragem reside na inversão dos panos de fundo, pois se em obras anteriores do cineasta a questão da ocidentalização do Japão pós-II Guerra servira de cenário para a discussão de dramas familiares, em Bom Dia o inverso acontece, afinal, se para a nova geração da época o televisor representava um sonho de consumo, pare seus antecessores tal meio de comunicação implicava uma ameaça a suas cômodas tradições, sendo visto, ainda, como instrumento de manipulação das massas.
Despreocupado em tecer maiores ponderações sobre tal perspectiva, Ozu prefere se centrar no choque entre gerações causado pelo referido bem de consumo, aproveitando o contexto para investigar os motivos da incomunicabilidade humana, por meio de personagens prontos a abrir a boca para tecer julgamentos equivocados sobre seus próximos, mas incapazes de comunicar seus mais puros sentimentos.
Desta feita, a frieza nipônica é desmistificada através das fofocas e intrigas disseminadas por um grupo de mulheres, mas, em seguida é ratificada na figura do casal incapaz de expor o afeto que um sente pelo outro, preferindo, em contrapartida, comunicar-se por meio de frases feitas sobre a beleza do dia ou acerca da chuva que pode vir a cair.
Como dito, os plots de Ozu podem parecer simples mas não são, o que também não é sinônimo de complexidade, eis que não são empurrados ao espectador pela via das trucagens artificiais, sendo, na verdade, sugeridos com sutileza durante o desenvolvimento de seus trabalhos.
Por fim, já que a técnica do diretor japonês sempre aguça análises, em Bom Dia a tradicional câmera fixada a um metro do chão ganha contornos mais relevantes por se agregar com perfeição ao ponto de vista dos ótimos atores mirins protagonistas do longa-metragem – o que, aliás, inspiraria Steven Spielberg, décadas depois, durante o processo de filmagem de E.T. – O Extraterrestre (1982).

Dario Façanha
(texto originalmente publicado em http://www.setimacritica.blogspot.com)

COTAÇÃO - ☼☼☼

Ficha Técnica
Título Original: Ohayô
Direção: Yasujiro Ozu
Elenco: Chishu Ryu (Keitaro Hayashi)Tsuusai Sugawara (Kyakutsuu-san)Teruko Nagaoka (Mrs. Tomizawa)Eiko Miyoshi (Grandma Haraguchi)Haruo Tanaka (Haraguchi)Akira Oizumi ( Akira Maruyama)Eijirô Tono (Tomizawa)Sadako Sawamura (Kayoko Fukui)Toyo Takahashi (Shige Okubo)Kyouko Izumi (Midori Maruyama)Haruko Sugimura (Kikue Haraguchi)Kuniko Miyake (Tamiko)Keiji Sada (Heichiro Fukui)Yoshiko Kuga (Setsuko Arita)Toshio Shimamura (Oden-ya no Teishu)
País de Origem: Japão
Estreia: 12 de Maio de 1959
Duração: 93 min.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Segredo dos Seus Olhos

CINEMÃO

Falar de O Segredo dos Seus Olhos (Argentina, 2009) significa lidar com elogios e adjetivos, eis que a obra representa, com todo o mérito, um artigo hoje raro: o cinema com c maiúsculo ou, melhor dizendo, o CINEMÃO!
Nesta toada, o filme de Juan José Campanella assume com total honestidade uma levada clássica, mas que também não se furta em ser arrojada – a sequência sem cortes no estádio de futebol é uma prova disso.
Desta feita, romance, suspense, humor e questionamentos sócio-políticos são mesclados com extrema eficiência, causando ao espectador reações genuínas como: emoção, euforia, temor, indignação, tristeza e alegria.
Tal resultado, vale dizer, é obtido graças a mão leve de Campanella que não comete o equívoco de adotar qualquer tom sisudo e/ou solene, preferindo, portanto, debruçar-se sobre os sensações extraídas de um roteiro tocante, bem amarrado e recheado de diálogos excepcionais em sua ironia.
Dentro deste contexto, um habilidoso trabalho de montagem permite ao público ser levado, sem qualquer esforço, em viagens de idas e vindas no tempo, ocasiões essas em que fotografia logra êxito na adoção dos tons pedidos por cada cena, através de funcionais contrastes cromáticos.
Todas essas virtudes técnicas, ressalte-se, se mostram ainda mais relevantes por não serem apenas um fim em si mesmas, visto que, acima de tudo, servem de zona de conforto para que o elenco alcance interpretações verdadeiras, dignas de atores que confiam tanto no enredo abordado quanto na pessoa que os dirige.
Fazia tempo, como já dito, que um filme não manejava com tamanha perfeição tantos elementos narrativos. Fazia tempo que uma produção não envolvia com tanta paixão a platéia, prestando-se, assim, a permanecer na memória desta, bem como a servir de referência e de indicação.
Por isso, quando alguém lhe perguntar sobre o que trata O Segredo dos Seus Olhos, basta dizer que a obra gira em torno de uma história de amor. Felizardo aquele que se dispuser a conferir algo com um argumento aparentemente tão repetitivo.

Dario Façanha
(texto originalmente publicado em http://www.setimacritica.blogspot.com)

COTAÇÃO - ☼☼☼☼☼

Ficha Técnica
Título Original: El Secreto de sus Ojos
Direção e Edição: Juan José Campanella
Elenco: Ricardo Darín (Benjamín Espósito )Elvio Duvini (Juan Robles)Maximiliano Trento (Guardia comisaría)Fernando Pardo (Sicora)Kiko Cerone (Molinari)Juan José Ortíz (Agente Cardozo)Mariano ArgentoSebastián Blanco (Pinche Tino)Alejandro Abelenda (Pinche Mariano)Mario Alarcón (Juez Fortuna Lacalle)Rudy Romano (Ordóñez)Bárbara Palladino (Chica piropo)Carla Quevedo (Liliana Coloto)José Luis Gioia (Inspector Báez)Guillermo Francella (Pablo Sandoval)Javier Godino (Isidoro Gómez)Pablo RagoSoledad Villamil (Irene Menéndez Hastings)David Di Napoli
Música:Federico Jusid e Emilio Kauderer
Fotografia:Félix Monti
Figurino: Cecilia Monti
Estreia no Brasil: 26 de Fevereiro de 2010
Duração: 127 minutos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Todo Mundo Quase Morto

Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead)
Inglaterra - 2004
Direção: Edgar Wright
Roteiro: Simon Pegg, Edgar Wright
Elenco: Simon Pegg, Kate Ashfield, Nick Frost, Lucy Davis, Dylan Moran, Nicola Cunningham, Peter Serafinowicz.
Duração: 99 minutos


Todo Mundo Quase Morto gerou algumas dúvidas em debates sobre o filme: seria uma comédia de humor negro ou uma sátira aos incontáveis filmes de zumbis já feitos? Ou simplesmente pode-se dizer que é uma sátira aos temas de zumbi com bastante humor negro (que é a principal características das comédias atuais).

Shaun (Simon Pegg) é um típico inglês fracassado, vendedor em uma loja de eletrodomésticos, que divide um apartamento imundo com Ed (Nick Frost) e tem uma namorada que implora por atenção (Kate Ashfield). Quando Shaun percebe que precisa melhorar de vida, descobre que Londres está sendo transformada em uma cidade zumbi.

O filme abusa dos elementos clássicos dos filmes trash de horror, por exemplo, as armas usadas para combater os mortos-vivos, as situações desesperadoras que o herói coloca os demais personagens na tentativa de salvá-los, o uso de estereótipos da sociedade etc. À medida em que Shaun tenta salvar a namorada e a mãe, um grupo de amigos também se junta à procura de proteção.

Todo Mundo Quase Morto é, como a maioria das comédias comerciais atuais, bastante previsível e acelerada: todo instante acontece alguma coisa. Mas no geral, tem algumas cenas engraçadas e bastante características do gênero comédia e zumbi. E ainda fica a dúvida do porquê ter sido escolhido como um dos melhores filmes da década.

domingo, 8 de agosto de 2010

Salt

De Volta à Guerra Fria com Angelina Bourne


Espiã americana acusada de trabalhar como informante para o governo russo inicia processo de fuga como forma de angariar meios comprobatórios de sua provável inocência.
Numa época em que os filmes do gênero voltam seus olhares contra o mundo árabe, Salt (EUA, 2010) nada contra a maré e ressuscita os tempos da Guerra Fria, o que, inevitavelmente, lhe agrega certo ar retrô.
Assim, não fosse pela direção frenética de Phillip Noyce – conforme o estilo nascido nos anos 90 – seria possível jurar que a obra não passava de mais uma dentre tantas produzidas na década de 80 – e que enxurravam as sessões do Super Cine – quando os soviéticos representavam no cinema a grande face do mal.
Dentro deste contexto, ainda que o roteiro busque driblar clichês, suas reviravoltas não causam surpresas genuínas, o que, sinceramente, não quer dizer nada, visto que a produção se preocupa mais em funcionar mais como veículo de divulgação da faceta action de Angelina Jolie do que como thriller de espionagem.
Sim, a atriz empresta carisma a sua personagem, defendendo com decência as nuances e ambigüidades da mesma, o problema, contudo, está no fato de não vivermos mais nos anos 80, daí ser difícil aceitar uma mulher tão imbatível que, na condição de exército de um homem só, mais parece uma versão feminina de Rambo.
Portanto, se quiser engatilhar uma franquia de êxito a partir de Salt – após a fracassada tentativa feita em Lara Croft: Tomb Raider (EUA, 2001 e 2003)Jolie precisará de roteiristas que tornem verossímil a vulnerabilidade da personagem, tal como fora feito com o Jason Bourne de Matt Damon.
Falando nisso, já que o diretor Paul Greengrass decretou há muito o fim de sua contribuição para com aquela trilogia, resta torcer para que Jolie amealhe o cineasta para a óbvia sequência de Salt, afinal, lá no fundo ela bem que gostaria de ter assumido o papel daquele agente desmemoriado.

Dario Façanha
(texto originalmente publicado em http://www.setimacritica.blogspot.com)

COTAÇÃO - ☼☼☼

Direção: Phillip Noyce
Elenco: Corey Stoll (Shnaider)Cassidy Hinkle (jovem Chenkov)Liev Schreiber (Ted Winter) Andre Braugher (Secretário de Defesa)Hunt Block (Presidente Lewis)Daniel Pearce (jovem Orlov)August Diehl (Mike Krause)Daniel Olbrychski (Orlov)Angelina Jolie (Evelyn Salt) Olek Krupa (Presidente Matveyev)
Estreia: 30 de Julho de 2010
Duração: 100 minutos

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Mais Puro e Verdadeiro Amor ¹

Há muito deixou de ser novidade o fato de a Internet ser um excelente celeiro de materiais cinematográficos excluídos dos circuitos comerciais. Neste sentido, de lá foram extraídos dois curtas-metragens, cujas análises realizadas adiante funcionarão como antecipada homenagem àqueles que no próximo domingo deste mês celebram o dia dos pais. Isto posto, vamos aos filmes.
Pai e Filha (Father and Daughter, 2000 – não confundir com a obra homônima de Yasujiro Ozu) e Momentos (2010) representam exemplos singulares daquilo que se convencionou chamar de “puro cinema”, dada a sensibilidade e poesia audiovisual neles trabalhadas.
Dentro deste contexto, delicadeza é a palavra de ordem nestas que são produções voltadas à abordagem do amor entre pais e filhas(os), bem como à saudade deixada nas duas partes quando os caminhos da vida tratam de separá-los.
O saudosismo, portanto, é o sentimento que inevitavelmente passa a acompanhar personagens que nada mais são do que reflexos de nossas próprias experiências. Assim, sejam quais forem as trajetórias traçadas, no sucesso ou no fracasso, ficamos a mercê de um vazio, de uma angústia, de um incessante desejo de reencontro daquele olhar de aprovação ou daquele ombro amigo, o que, a depender da fé de cada um, poderá vir a ocorrer ainda neste plano ou quiçá naquele outro para o qual seremos todos um dia encaminhados.
Destarte, apesar de ambos os filmes serem imbuídos de uma tristeza que mais emociona do que deprime e muito embora ambos cedam o espaço dos diálogos para a trilha sonora – que assume, desse modo, o papel de narradora das histórias – são suas peculiaridades que lhes tornam obras ímpares.
Pai e Filha, por exemplo, se firma como uma animação de elegantes traços que explora, com exemplar sutileza, as diversas fases da vida daquela filha, além de sua resignada esperada pelo tão sonhado instante em que finalmente haverá de rever aquele que dela se despediu ainda na sua infância.
Momentos, por outro lado, concentra sua narrativa em pequenos gestos e, sobretudo, em olhares; cada passo para trás, cada toque se agregam ao olhar de seu protagonista, um homem cuja vida tomara rumos tortuosos e hábeis a afastá-lo de sua família.
Uma vez que as conclusões de ambos os filmes diferenciam-se apenas quanto ao espaço, resta claro que os reencontros neles retratados podem até não ser tardios, porém, sempre trarão em seu bojo a sensação de que muito foi perdido até sua concretização, exceto, é claro, o amor que une um pai e uma filha.
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1. Dedicado àqueles que, respectivamente, simbolizam a eterna saudade e o sentido para tudo: meu pai e minha filha.

Dario Façanha
(texto originalmente publicado em http://www.setimacritica.blogspot.com)

COTAÇÕES:
Pai e Filha - ☼☼☼☼
Momentos - ☼☼☼☼

Ficha Técnica – Pai e Filha
Título Original: Father and Daughter
Direção, Design e Roteiro: Michael Dudok de Wit
País de Origem: Reino Unido, Bélgica e Holanda
Duração: 8 minutos
Curiosidade: dentre diversas premiações obtidas, Pai e Filha recebeu, em 2001, o Oscar de melhor curta de animação.

Ficha Técnica - Momentos
Direção: Nuno Rocha
Elenco: Rui Pena (Homem)Ana Ferreira (Mulher)Débora Ribeiro (Filha)Valdemar Santos (Homem 1)Ricardo Azevedo (Homem 2)Teresa Nogueira (Filha criança)Diogo Barroso (Homem no carro)Pedro Resende (Transportador)Vitor Nunes (Transportador)
País de Origem: Portugal
Duração: 7 minutos
Links para visualização: http://filmow.com/filme/21621/momentos/
http://www.youtube.com/watch?v=1sgd6NuBq8w&feature=related

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Capitão Blood

Capitão Blood (Captain Blood)
Estados Unidos - 1935
Direção: Michael Curtiz
Elenco: Elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Lionel Atwill, Basil Rathbone, Ross Alexander, Guy Kibbee, Henry Stephenson, Robert Barrat, Hobart Cavanaugh, Donald Meek, Jessie Ralph, Forrester Harvey, Frank McGlynn Sr., Holmes Herbert, David Torrence.
Duração: 119 min

Na Inglaterra do século 17, o doutor Peter Blood (Errol Flynn) socorre um soldado rebelde ferido e por isso é preso pro traição e condenado à morte. Mas, ao invés disso, embarca para a Jamaica para ser vendido como escravo. Lá, é comprado por Arabella Bishop (Olivia de Havilland) e trabalha na plantação de sua família. Mas quando um ataque de piratas ataca a Jamaica, Blood aproveita a chance para fugir com seus amigos e formar a tripulação "Piratas do Caribe".

Capitão Blood foi o filme que alavancou a carreira de Errol Flynn em Hollywood. E o primeiro de uma série de filmes tipo "capa e espada" de sua carreira. Além de ter uma atuação muito divertida, após esse filme, o ator ainda foi considerado como um dos mais bonitos da época; fator que era sempre bastante explorado em todos os seus filmes.

Este foi o primeiro filme de longas parcerias, como a do diretor Michael Curtiz (Casablanca) e Olivia de Havilland (As Aventuras de Robin Hood) junto com Errol Flynn. Curtiz conseguiu inserir em Capitão Blood todas as características que um filme capa e espada precisam ter: confrontos no mar, uma mocinha apaixonada e em perigo, um herói vibrante e corajoso, muitos equívocos e brilhantes golpes de espadas.

Capitão Blood pode não ser um daqueles filmes inesquecíveis, mas marca a ascensão de um ator muito importante para o período clássico de Hollywood, mostra também a evolução do diretor Michael Curtiz; que tem como ponto alto da carreira o filme Casablanca e traduz exatamente as características do estilo de filme "capa e espada".

domingo, 1 de agosto de 2010

Pai e Filha

Jogo Amistoso

Preocupado com o futuro de sua filha única, pai viúvo arquiteta, com a colaboração da tia da moça, meios para casá-la e de assim desincumbi-la do dever de tomar conta dele pelo resto da vida.
Narrada dessa forma a trama de Pai e Filha pode parecer simplória, todavia, Yasujiro Ozu exercita suas temáticas e técnicas de filmagem para, aos poucos, desnudar os subtextos e dilemas familiares sugeridos pelo roteiro; afinal, qual o direito que um pai tem de afastar de si um filho em prol da felicidade deste último? E se a alegria do filho residir justamente na convivência e na proximidade para com os pais? Até que ponto é justo um filho abdicar de um futuro em razão do dever de cuidado perante os pais?
Em busca de tais respostas o cineasta japonês não se furta a impregnar de melancolia sua obra, permitindo-se até utilizar certa dose de excesso no que atine seu olhar contemplativo. Tais desajustes, entretanto, aparentam ter, na verdade, um caráter experimental que os impedem de ser caracterizados como meros atos falhos, visto que o longa-metragem, inevitavelmente, parece ser um grande treino para aquela que viria ser a obra máxima de Ozu: Era Uma Vez em Tóquio.
É claro que a delicadeza de Pai e Filha já lhe agrega considerável valor, mas, ainda assim, fica a sensação de que tanto os dramas familiares quanto o próprio desempenho do trio de protagonistas seriam mais bem explorados no segundo filme citado. De qualquer modo, não resta dúvida de que Ozu realizou um belo jogo amistoso.

Dario Façanha (texto originalmente publicado em http://www.setimacritica.blogspot.com)

COTAÇÃO -
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Ficha Técnica
Título Original: Banshun
Direção:Yasujiro Ozu
Elenco: Chishu Ryu (Shukichi Somiya)Toyoko Takahashi (Shige)Yôko Katsuragi (Misako)Yoshiko Tsubouchi (Kiku)Masao Mishima (Jo Onodera)Kuniko Miyake (Akiko Miwa)Jun Usami (Shuichi Hattori)Hohi Aoki (Katsuyoshi)Haruko Sugimura (Masa Taguchi)Yumeji Tsukioka (Aya Kitagawa)Setsuko Hara (Noriko Somiya)Jun Tanizaki (Seizo Hayashi)
Duração: 108 minutos
Estreia: 1948
Curiosidade: Pai e Filha fora refilmado pelo próprio Yasujiro Ozu em 1962 sob o título A Rotina Tem Seu Encanto (Sanma No Aji), sendo que o papel do pai fora novamente interpretado por Chishu Ryu, ator preferido do cineasta.