O mais que poderia ser menos
Família em dificuldades financeiras é apresentada a proposta de recebimento de um milhão de dólares, desde que se proponha a apertar um botão localizado dentro de uma caixa que lhes é dada. Como conseqüência do ato, porém, alguém desconhecido será assassinado.
A Caixa (The Box, 2010) é o tipo de produção que no papel deveria gerar a expectativa de um belo caldo, o que na prática não se confirma, dada a nítida dificuldade do cineasta Richard Kelly em concatenar, ou até mesmo ignorar, as diversas subtramas levantadas pelo roteiro.
Assim, apesar de partir de uma premissa relativamente simples e, ao mesmo tempo, complexa, o filme se perde em meio a tantas sugestões de seu enredo – tais como ressurreição e vida extraterrestre – tornando-se, assim, um thriller viajandão que, ao fim, não diz a que veio.
Eis, portanto, o típico caso em que o mais poderia ser menos. Desse modo, o que poderia ser um trabalho capaz de suscitar inúmeros questionamentos ao espectador se revela, por outro lado, como um engodo deveras enjoativo.
Neste sentido, colabora, também, para o fracasso da produção o elenco fraquíssimo que se limita a fazer caras e bocas de espanto – a exceção de Frank Langella que, sabe lá como, caiu nessa “roubada”, logo em seguida a sua participação no genial Frost/Nixon (Ron Howard, 2009).
Por ser The Box um exemplo de filme que mostra a inegável importância de um diretor no que tange o manejo e montagem das idéias exploradas em um roteiro, imagino o que David Fincher, por exemplo, seria capaz de extrair dessa trama, já que ao utilizar um número consideravelmente menor de plots para contar uma história ligeiramente parecida à da obra em comento, o mesmo foi capaz de produzir uma pequena jóia, infelizmente esquecida, chamada Vidas em Jogo (The Game, 1997).
Entretanto, como o assunto é A Caixa, devo confessar que a única reflexão que me dispus a fazer após seu término foi: por qual razão apenas as mulheres se dispõem a apertar o maldito botão da caixa? Simbologia pretensiosamente inteligente ou mero preconceito sexual?
A Caixa (The Box, 2010) é o tipo de produção que no papel deveria gerar a expectativa de um belo caldo, o que na prática não se confirma, dada a nítida dificuldade do cineasta Richard Kelly em concatenar, ou até mesmo ignorar, as diversas subtramas levantadas pelo roteiro.
Assim, apesar de partir de uma premissa relativamente simples e, ao mesmo tempo, complexa, o filme se perde em meio a tantas sugestões de seu enredo – tais como ressurreição e vida extraterrestre – tornando-se, assim, um thriller viajandão que, ao fim, não diz a que veio.
Eis, portanto, o típico caso em que o mais poderia ser menos. Desse modo, o que poderia ser um trabalho capaz de suscitar inúmeros questionamentos ao espectador se revela, por outro lado, como um engodo deveras enjoativo.
Neste sentido, colabora, também, para o fracasso da produção o elenco fraquíssimo que se limita a fazer caras e bocas de espanto – a exceção de Frank Langella que, sabe lá como, caiu nessa “roubada”, logo em seguida a sua participação no genial Frost/Nixon (Ron Howard, 2009).
Por ser The Box um exemplo de filme que mostra a inegável importância de um diretor no que tange o manejo e montagem das idéias exploradas em um roteiro, imagino o que David Fincher, por exemplo, seria capaz de extrair dessa trama, já que ao utilizar um número consideravelmente menor de plots para contar uma história ligeiramente parecida à da obra em comento, o mesmo foi capaz de produzir uma pequena jóia, infelizmente esquecida, chamada Vidas em Jogo (The Game, 1997).
Entretanto, como o assunto é A Caixa, devo confessar que a única reflexão que me dispus a fazer após seu término foi: por qual razão apenas as mulheres se dispõem a apertar o maldito botão da caixa? Simbologia pretensiosamente inteligente ou mero preconceito sexual?
Dario Façanha Neto (texto originalmente publicado em http://setimacritica.blogspot.com/)
COTAÇÃO: ۞۞
Ficha Técnica
Título Original: The Box
Direção: Richard Kelly
Roteiro: Richard Kelly, Richard Matheson
Produtores: Gary Gilbert, Richard Kelly, Sean McKittrick
Elenco: Cameron Diaz (Norma Lewis)Lisa K. Wyatt (Rhonda Martin), Frank Ridley (Detective Starrs), Basil Hoffman (Don Poates)Deborah Rush (Clymene Steward)Celia Weston (Lana Burns)Holmes Osborne (Dick Burns)James Rebhorn (Norm Cahill)Michael Zegen (Garcin)Gillian Jacobs (Dana)Frank Langella (Arlington Steward)James Marsden (Arthur)Allyssa Maurice (Suzanne Weller)
Estreia: 26 de Março de 2010
Duração: 115 minutos
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