Amores Brutos - Amores Perros
México (2000)
Direção: Alejandro González-Iñárritu
Amores Brutos é um filme de mil sentimentos: quem o assiste intercala momentos de felicidade e realização, com tristezas e frustrações. A diferente narrativa, o grande sentimentalismo (de qualidade) mexicano e as inesquecíveis atuações fazem deste um dos melhores filmes atuais.
Alejando Iñarritu tem no currículo Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, todos filmes de ótima qualidade e sempre com algo a acrescentar. Os três filmes possuem a narrativa semelhante: eles fazem parte de um projeto em que o roteiro (de Guillermo Arriaga) intercala três histórias, de pessoas que nunca se viram, mas que no desenvolvimento da trama, parecem ser fundamentais para o rumo que a vida de cada um tomou. Amores Brutos foi o primeiro longa-metragem de Alejandro Iñarritu e já entrou para várias listas como um dos 1000 melhores do mundo.
As três histórias envolvem Ocátivo (Gael Garcia Bernal), dono de um cão de briga; um empresário (Álvaro Guerrero) que se separa da esposa para viver com uma modelo (Goya Toledo) e um mendigo (Emilio Echevarría) que busca ter de volta o amor da filha. Os três núcleos são intercalados, para que se tenha a impressão de que tudo acontece simultaneamente.
Amores Brutos não apresenta fantasia e idealizações, tudo o que acontece na vidas dos personagens é algo que poderia acontecer com qualquer um, o que torna tudo ainda mais fascinante. O filme também foi considerado o primeiro passo para uma verdadeira renovação do cinema mexicano; o último grande reconhecimento do país no aspecto cinematográfico foram os filmes de Luis Buñuel na fase em que esteve por lá, o que corresponde a uns 60 anos.
Amores Brutos é um filme realmente forte e que consegue falar com o espectador de uma maneira muito própria. Este, com certeza, é um dos melhores filmes da geração de novos diretores do mundo. E é impossível esquecer suas cenas, mesmo depois de ter assistido há muito tempo.
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